Data de Publicação: 29 de novembro de 2024 10:50:00
O Site teve acesso à sentença que traz os detalhes da condenação mulher de 57 anos levada a júri popular ontem na cidade de Cerejeiras, acusada de matar por envenenamento o marido, um idoso de 71 anos. O crime aconteceu em setembro do ano passado. A defesa da acusada, Zenir Barros Wiland, tentou negar a autoria do homicídio, e chegou a alegar que não havia sido encontrado veneno na comida servida à vítima, José Pereira da Silva, que não tinha filhos. Prevaleceu, no entanto, a denúncia do Ministério Público. O julgamento, que durou mais de 12 horas, teve o advogado Agnaldo Cardoso da Silva como assistente de acusação, e terminou, após as 22:00h, com Zenir sendo condenada a 27 anos e 6 meses de prisão.
Ela iniciará o cumprimento da pena no regime fechado e não terá o direito de recorrer em liberdade. A acusada, que ganhou a alcunha de “viúva negra”, e já está presa em Colorado do Oeste desde o ano passado, foi sentenciada por ter cometido o que, no entendimento do Ministério Público, responsável pela denúncia, seria um homicídio triplamente qualificado, inclusive pelo emprego de veneno contra a vítima. O mesmo produto, conhecido como “chumbinho” foi usado para matar animais domésticos do casal. Uma sobrinha do idoso vítima da ação premeditada desabafou, após ouvir a sentença imposta a Zenir: “Muito pouco tempo na cadeia, tendo em vista que a vida vale muito mais, e nada trará de volta nosso tio”, disparou, segundo apurou uma colaboradora do FOLHA DO SUL na cidade onde aconteceu o crime e o julgamento. Parentes do idoso assassinado, aliás, vieram de cidades de Rondônia e de Mato Grosso, para acompanhar em peso o julgamento. Muito unida, e formada por mais de 10 irmãos, a família estava usando camisetas e cartazes com frases pedindo justiça. José era muito querido e deixou vários bens. Na saída do Fórum, um cunhado de José disse que, se a mulher julgada e condenada cuidasse bem dele, teria tudo. O idoso envenenado teria conhecido a “viúva negra” através da internet e, e acordo com esse familiar, “ela parecia ser uma pessoa decente”.
Fonte: Folha do Sul Online
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