Aumento de incêndios resulta no Brasil entrando no nível “perigoso”; Porto Velho e Guajará-Mirim registram índices alarmantes

A crescente onda de incêndios no Brasil está impactando drasticamente a qualidade do ar, especialmente nas regiões mais afetadas. Nos últimos dias, diversas cidades atingiram níveis críticos de poluição, colocando a saúde da população em risco.

De acordo com a plataforma suíça IQAir, que monitora em tempo real os níveis de poluentes ao redor do mundo, a qualidade do ar em Porto Velho (RO) alcançou o nível “perigoso” nesta segunda-feira (9/9), com um índice de 341 µg/m3 (microgramas por metro cúbico) entre 7h e 8h. Para se ter uma ideia da gravidade, a classificação considera níveis acima de 300 µg/m3 como o risco máximo para a saúde humana. O parâmetro seguro, segundo a plataforma, é de até 50 µg/m3.

A capital de Rondônia enfrenta um cenário particularmente crítico, com a densa fumaça das queimadas cobrindo a cidade e comprometendo a qualidade do ar. Na Avenida Calama, uma das principais vias de Porto Velho, o índice de poluição atingiu impressionantes 523 µg/m3 entre 4h e 5h do domingo (8/9).

Guajará-Mirim em estado de alerta

A situação em Guajará-Mirim (RO), que abriga a Reserva Extrativista do Rio Ouro Preto, é ainda mais alarmante. Na manhã desta segunda-feira, o índice de poluição era de 395 µg/m3, mas, no domingo, chegou a espantosos 839 µg/m3 entre 7h e 8h, quase 17 vezes acima do considerado saudável.

Os incêndios, que já duram dois meses, devastaram aproximadamente 33% dos 216 mil hectares do Parque Estadual Guajará-Mirim, uma das maiores áreas de preservação de Rondônia. As investigações indicam que a origem dos incêndios é criminosa, motivada por retaliações a operações recentes de fiscalização ambiental e desocupação de áreas protegidas.

Brasil entre os países mais poluídos

Com esses dados alarmantes, o Brasil passa a integrar a lista de países com os níveis mais perigosos de poluição do mundo, como China, Paquistão e Índia. A classificação da IQAir varia de “Bom” a “Perigoso”, sendo esta última categoria uma clara indicação de que toda a população, sem exceção, está vulnerável a sérios problemas de saúde.

Diante desse cenário, as autoridades recomendam que a população evite atividades ao ar livre e adote medidas para proteger a saúde, enquanto o poder público intensifica as ações de combate aos incêndios e de fiscalização ambiental.

As queimadas no Brasil, além de seu impacto devastador sobre o meio ambiente, estão se tornando uma grave crise de saúde pública, exigindo uma resposta imediata e eficaz para proteger a população e o patrimônio natural do país.

Fonte JH Noticias