Data de Publicação: 14 de junho de 2021 11:34:00
Os pacientes e acompanhantes do único Hospital estadual de urgência e emergência João Paulo II, em Porto Velho, denunciam a superlotação e a falta de leitos no local. A equipe do Diário da Amazônia recebeu imagens de dentro do hospital onde pacientes dormem no chão e em cadeiras nos corredores por falta de leitos.
Claudiomar Serra está com a irmã e o cunhado internados no Hospital depois de sofrerem acidente de moto. Ele conta que a superlotação é pior durante a pandemia. “Tem muita gente, está lotado. Tem gente pelo chão, tem todo tipo de gente dentro desse hospital, é muito complicado essa situação. Já tinha entrado no JP outras vezes e todas as vezes que a gente entra, o cenário é o mesmo”, disse.
Já Adriana Pereira veio de Ariquemes e está acompanhando a avó de 89 anos que está internada no Hospital há seis dias esperando vaga para fazer uma cirurgia eletiva.
“O Hospital está cheio de gente, realmente não tem lugar para manter os pacientes nos seus leitos. Quem estava acompanhando não tem lugar. Os que querem descansar tem que deitar no chão porque não tem espaço. Nos leitos eles tentam manter as pessoas idosas, mas os outros pacientes estão com essa dificuldade, muitos estão em cadeiras e os que não tem lugar é no chão. Com o risco de contaminar com o vírus da Covid”, contou Adriana.
Com aumento populacional e da frota de veículos a demanda do Hospital João Paulo II vem se agravando a cada ano. Em 2021 já foram registrados 1.145 acidentes em Porto Velho, de acordo com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Em janeiro foram contabilizados 208 acidentes, fevereiro 177, março 170, abril 197, maio 277 e neste mês já foram registrados 116 na Capital.
Em abril o Governo de Rondônia publicou o edital do regime de contratação diferenciada para a construção do Hospital de Emergência e Urgência (Heuro) de Porto Velho. O Pronto Socorro tem 140 leitos para atender toda a demanda. O Heuro vai contar com 399 leitos, sendo 64 de terapia intensiva, além de 10 salas de cirurgia.
Depois da declaração da vencedora da concorrência pública, ocorrerá a assinatura do contrato e então começa o prazo de 60 dias para a elaboração do projeto básico das obras.
fonte: DIÁRIO DA AMAZÔNIA
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