Data de Publicação: 20 de junho de 2021 14:37:00 É esperado que pelo menos 30 pacientes do hospital em Porto Velho sejam transferidos para unidades privadas, onde o Governo paga leitos particulares.
A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) montou uma força-tarefa neste fim de semana para transferir pelo menos 30 pacientes do Hospital e Pronto-Socorro João Paulo II, em Porto Velho. Ação acontece após divulgações de imagens da unidade com pacientes no chão devido a superlotação.
"Sábado, 19 de junho, estamos no Hospital João Paulo II na operação "Esvazia João Paulo". É um batalhão de servidores da Secretaria de Estado de Saúde trabalhando para que consigamos retirar pacientes dos corredores e do chão e realocar em outros hospitais", disse o secretário de saúde, Fernando Máximo.
A grande quantidade de acidentes de trânsito envolvendo carros e motos foi o que provocou a superlotação, de acordo com Máximo. Ainda segundo a Sesau, quando há superlotação os pacientes são alocados em hospitais privados onde o estado paga leitos particulares.
Denúncia
Pacientes em macas nos corredores e recebendo medicação no chão. Esses foram alguns dos flagrantes feitos no João Paulo II em Porto Velho durante a última semana. Em vídeos gravados dentro da unidade é possível ver pacientes em macas no chão, enfileiradas nos corredores. Outros em cadeiras e amontoados.
A situação precária gera mais apreensão aos profissionais de saúde durante a pandemia de Covid-19. Para quem trabalha na linha de frente a flexibilização de decretos pode gerar o aumento de pacientes na unidade.
"Pacientes no chão. Pacientes de todas as patologias: de trauma, clínica médica, pacientes crônicos e todos no chão. O Governo não tem o quantitativo de profissionais para atender essa demanda. Não satisfeito com esse problema que está para aparecer, liberou praticamente tudo. Nossa preocupação é que possivelmente vamos observar uma terceira onda que vai surgir após esse decreto", diz profissional que preferiu não se identificar.
O decreto citado acima foi publicado na última quinta-feira (17). Permitindo eventos com até 999 pessoas e liberando reuniões, jantares e casamentos com até 150 pessoas.
Pacientes são espalhados pelo chão em colchões soltos e macas no João Paulo II
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