Data de Publicação: 21 de dezembro de 2021 09:41:00 Ainda em outubro deste ano, o Super Chico, como é conhecido nas redes, completou 5 anos e, por isso, já poderia receber a dose de acordo com a Anvisa, que autorizou na última quinta-feira (16) a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Morador de Bauru precisou ser internado duas vezes por causa da doença no período de pouco mais de um ano.
A mãe do menino Francisco Guedes Bombini, o Super Chico como é conhecido nas redes sociais, está na expectativa para que o filho receba a vacina contra a Covid-19. Em pouco mais de um ano ele enfrentou a doença duas vezes e nas duas ocasiões precisou ser internado na UTI.
Ainda em outubro deste ano, Chico completou 5 anos e, por isso, poderá receber a vacina segundo informou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que autorizou na última quinta-feira (16) a aplicação da vacina da Pfizer contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos.
“Não vejo a hora aplicarem a vacina contra Covid-19 em Chico! Nossa expectativa é super alta e positiva. Ficamos felizes com a liberação e queremos vacinar nosso Chiquinho, sim! Principalmente, por ter tido a doença duas vezes já, e por suas comorbidades!!”
No ano passado, ele foi diagnosticado pela primeira vez com Covid-19 e ficou 18 dias internado, sendo 13 na UTI. Quando recebeu alta, Chico foi tema de uma reportagem especial do Fantástico, que o chamou de “menino mais forte do mundo” (veja abaixo).
Já no começo deste mês, em uma postagem feita via rede social, a mãe do menino, a advogada Daniela Guedes Bombini, explicou aos seguidores que a família estava ausente nas redes por causa de problemas de saúde enfrentados pelo filho e contou que ele foi infectado pela Covid pela segunda vez.
O anúncio da alta, que mobilizou as redes sociais do garoto, foi feito no dia 9 de dezembro pela Daniela na qual informou que o garoto já estava em casa e estava tudo bem. E mais uma vez uma equipe do Fantástico acompanhou a alta do pequeno.
Embora a Anvisa tenha autorizado a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos, o Ministério da Saúde ainda não definiu como será essa vacinação e informou que somente terá um posicionamento sobre isso no dia 5 de janeiro.
Por isso, para dar seguimento na aplicação da vacina no Chico, a mãe afirmou que precisa conversar com o médico do filho, para que ele autorize junto à Secretaria de Saúde do município, que ainda não divulgou cronograma de aplicação da dose.
“Até que saia a confirmação do município para aplicação, vamos avaliar juntamente com os médicos que acompanham ele. Por mim, ele tomaria com certeza!”, diz.
Ao g1, o médico que acompanha o menino disse que apesar de ter contraído o coronavírus duas vezes o Chico não o torna imune a doença e a vacina vai ajudar a ampliar o sistema de defesa dele.
"No caso do Francisco, o fato dele ter pegado Covid duas vezes não quer dizer que ele esteja imune. A vacina para ele pode amplificar essa resposta imune melhorando o prognóstico dele. Então, no Francisco, eu indico sim a vacina, assim como para todas as crianças. A vacina vem como uma amplificação do sistema de defesa dele para proteger ele ainda mais", explica o médico intensivista pediátrico Marcos Suzuki.
O médico também destacou a importância da ampliação da vacina para as crianças.
"Uma coisa que a gente viu na vacinação nos adultos foi a diminuição no número de caso, o número praticamente lá embaixo de mortalidade por Covid. Isso mostra para a gente que a vacinação realmente é muito efetiva. Dessa forma sim, a gente indica vacinação para as crianças. No meu ponto de vista as crianças devem ser vacinadas uma vez que a criança circulando com o vírus ela pode ajudar a elevar o número de mutações. O vírus circulando no meio das pessoas facilita a chance de ter mutações. Então, com as crianças sendo vacinadas essa chance de mutação, de transmissão e de circulação do vírus se torna reduzida."
O pequeno morador de Bauru começou a somar seguidores nas redes sociais depois que a mãe dele resolveu contar a história do Super Chico, como ficou conhecido, que já venceu muitas batalhas desde que nasceu, nas redes sociais.
O apelido de Super Chico veio das inúmeras batalhas que o garoto, que tem síndrome de Down, precisou enfrentar desde o seu nascimento prematuro. Ao todo foram sete cirurgias (uma delas ainda no útero) realizadas por causa de problemas renais, cardíacos e hipotireoidismo.
Segundo Daniela, nesse tempo ele lutou muito pela vida e acabou ganhando o apelido de Super Chico, nome inspirado nos heróis e em São Francisco de Assis.
Apelido surgiu por causa de São Francisco de Assis — Foto: Arquivo Pessoal
A festa de aniversário para comemorar o primeiro ano de vida de Francisco contou com mais de mil pessoas em frente à rua da casa da família. A renda das barraquinhas foi destinada para duas entidades sociais.
O pequeno super-herói precisou ser internado um dia antes do evento e acompanhou tudo através de videoconferência junto com a mãe.
No ano seguinte, para comemorar os dois anos de vida, Chico teve a segunda festa com o intuito de reverter a renda das barraquinhas que vendem produtos a preços populares para entidades assistenciais.
No ano passado, o aniversário de 4 anos do Super Chico teve uma comemoração especial. Além de receber homenagens de diversos artistas nacionais famosos, como o seu “xará” Chico Buarque , a família decidiu realizar um drive-thru solidário, com venda de kits com renda revertida para entidades de Bauru.
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