Data de Publicação: 5 de janeiro de 2022 09:55:00 A principal epidemiologista da Organização Mundial da Saúde, Maria Van Kerkhove, reforçou que, embora alguns relatórios indiquem risco reduzido de hospitalização pela variante em comparação com a delta, ainda há muitas pessoas contaminadas, doentes e morrendo.
A Organização Mundial da Saúde alertou, nesta terça-feira (4), que apesar de estudos indicarem que a ômicron causa uma Covid mais leve, a doença não é um resfriado comum.
O gerente de Incidentes da OMS, Abdi Mahamud, alertou: “Onde quer que a ômicron chegue, é questão de semanas para ela se tornar dominante”.
Ele deu o exemplo da Dinamarca, um dos países com a maior concentração de casos do mundo. Lá, a variante alfa levou cerca de duas semanas para dobrar o número de casos. A ômicron fez isso em apenas dois dias. E frisou:
Abdi Mahamud destacou que estão surgindo mais e mais estudos indicando que a ômicron afeta especialmente a parte superior do aparelho respiratório, provocando sintomas mais leves, ao contrário de variantes anteriores, que afetavam os pulmões e provocavam pneumonias severas.
O gerente de incidentes da OMS disse que essa pode ser uma boa notícia, mas precisamos de mais estudos para comprovar isso. A certeza até aqui é da importância da vacinação.
“Temos um bom número de estudos reforçando o que vimos da África do Sul: que a vacina protege contra hospitalizações, doenças graves e morte, e é para isso que elas foram desenvolvidas”, ressaltou.
Nas palavras dele, o desafio é fazer a vacinação alcançar as populações vulneráveis.
A principal epidemiologista da Organização Mundial da Saúde reforçou com todas as letras: a ômicron não é um resfriado comum. Em uma rede social, Maria Van Kerkhove postou que, embora alguns relatórios indiquem um risco reduzido de hospitalização pela ômicron em comparação com a delta, ainda há muitas pessoas contaminadas, doentes e morrendo.
A líder técnica da OMS também escreveu que casos de infecção por coronavírus e influenza podem ser e têm sido registrados na pandemia. Van Kerkhove avisou que, com mais pessoas se misturando, com uso limitado das medidas sociais e de saúde pública, com os vírus da gripe e da Covid circulando ao mesmo tempo, vamos ver mais casos de dupla infecção.
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