Data de Publicação: 17 de março de 2022 19:16:00
Porto Velho tem registrado aumento no número de casos de bronquiolite — uma doença respiratória que ocorre principalmente em crianças. No Hospital Infantil Cosme e Damião, por exemplo, a cada nove pacientes que dão entrada na unidade, três são diagnosticadas com a doença.
O Jornal de Rondônia 1ª Edição (JRO1) ouviu nesta quinta-feira (17) a pediatra Rachel Souto e durante a entrevista a médica explicou que a bronquiolite é um quadro viral que atinge a população em geral, mas é mais comum em crianças menores de 5 anos. Em casos graves pode levar crianças à internação e UTI.
"Pode dar febre, tosse, muitas vezes cansaço, mas as crianças menores de 2 anos e as com comorbidades sofrem muito mais que qualquer outra faixa etária. E essa época do ano é muito complicada para a pediatria, não só em Porto Velho, mas a nível nacional", disse a médica.
Em Rondônia, março, abril e maio estão entre os meses mais complicados por conta desses quadros virais. Segundo a especialista, os pais devem ficar atentos aos sintomas para procurar ajuda médica. Entre os sinais para procurar a emergência estão:
quando a febre for persistente e durar mais de 2 dias,
se a criança apresentar cansaço,
se a criança apresentar sinais de falta de ar.
Proteção para crianças com comorbidades
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza imunoglobulina intravenosa para alguns grupos de crianças. A imunoglobulina trabalha combatendo organismos invasores do corpo, como as bactérias e os vírus.
"Como entre março, abril e maio a gente tem um pico significativo [em casos de bronquiolite] existe um calendário vacinal nacional quanto a imunoglobulina para ajudar na proteção de crianças", explicou a médica.
Os pais podem conversar com os pediatras que fazem o acompanhamento das crianças e se o profissional achar necessário, pode encaminhar para o paciente receber o medicamento.
Medidas de prevenção
Como também se trata de um vírus respiratório, as medidas de prevenção podem ser as mesmas que a população adotou durante a pandemia de Covid-19: usar máscara, distanciamento social e higiene das mãos.
"Nos dois últimos anos a gente não viu tanta bronquiolite nas crianças. Em um período de pandemia estávamos lavando as mãos, usando máscaras, usando álcool e essas nossas medidas de higiene eram muito mais fortes, então acabou que para a pediatria teve uma diminuição significativa nos casos de bronquiolite".
"Como a doença é transmitida por aerossóis, por gotícula, quando a gente usa máscara e lavamos nossas mãos, conseguimos diminuir esse contágio", pontuou.
fonte: G1
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