Pacientes usam colchões que deveriam ser utilizados por servidores. Algumas pessoas estão na unidade há dias aguardo cirurgia.
Uma profissional de saúde denunciou, esta semana, mais um caso de superlotação no Hospital João Paulo II, em Porto Velho. As imagens mostram pacientes deitados em colchões espalhados pelos corredores, que deveriam ser utilizados por servidores na “sala de repouso”.
Uma equipe da Rede Amazônica foi até o local na terça-feira (26) e confirmou que o problema ainda persiste. Alas estavam lotadas e a maioria dos pacientes aguardando atendimento se acomodavam no chão, por falta de acomodações.
Uma delas é a diarista Rosileuda da Conceição. Ela chegou na unidade há sete dias, precisando de uma cirurgia no quadril e ainda não teve o problema resolvido.
“Aqui os banheiros são precários, o pessoal fica no corredor, médico aqui não tem atendimento adequado pra todos os tipos de doença e é uma enfermeiro pra 90 pacientes”, relata.
A esposa de Leonardo de Lima Marques também está entre os pacientes que aguardam cirurgias. Ele conta que ela está há dias internada sem poder amamentar a filha de apenas dois meses e este não é o único problema.
“Não tem previsão de que dia ela vai ser operada e não dão alta pra ela. Ela não tá se alimentando aí, porque a comida é péssima”, aponta.
O que dizem os responsáveis?
A diretoria do pronto socorro do hospital informou que a maioria das procedimentos pendentes são ortopédicos. Isso porque, nos últimos três meses, sete médicos pediram demissão na área da ortopedia, causando a perda de 455 cirurgias por mês.
Uma nova ala para os pacientes deve ser instalada no Hospital Regina Pacis, que deve, no futuro, contribuir para desafogar a demanda no João Paulo II.
Ainda segundo a diretoria, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesau) chegou a abrir licitação para ampliar o numero de médicos, mas as vagas ainda não foram preenchidas.
A promotoria da saúde do Ministério Público de Rondônia (MP-RO) informou que um procedimento chegou a ser aberto, mas ele foi arquivado porque esse é problema crônico que só será resolvido com construção de um novo hospital.
fonte: G1
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