Data de Publicação: 3 de fevereiro de 2023 18:35:00 Filhote do casal de coruja, que sofreu um acidente após bater no para-brisa de um carro enquanto tentava voar, foi acolhido por morador durante 90 dias.
Um relacionamento de respeito foi construído nos nove anos de convivência entre um casal de corujas e um morador no bairro Nova Esperança, em Porto Velho.
Jonatas Lavagnoli conta que durante os anos, tem acompanhando o casal e que até acolheu um de seus "bebês" que havia sofrido um acidente, após bater no para-brisa de um carro enquanto tentava voar.
Casal de coruja escolhe canteiro central para construir 'casa' em Porto Velho — Foto: Tiago Frota/ Rede Amazônica
As 'Corujitas', como foram carinhosamente batizadas por Jonatas Lavagnol, vivem no canteiro central da alameda Roquete Pinto há cerca de nove anos.
"Quando me mudei pra cá, elas moravam em um buraco próximo ao muro, mas por questão de segurança, elas foram para o canteiro central", conta.
Casal de coruja escolhe canteiro central para construir 'casa' em Porto Velho — Foto: Tiago Frota/ Rede Amazônica
No entanto, o morador explica que mesmo com a mudança, ainda há acidentes com os filhotes do casal.
"Umas três, quatro vezes por ano têm uma ninhada. Quando os bebês começam a sair, se expor, voar... os bebês caem no asfalto e acabam sendo atropeladas. Só sobra o casal", diz.
Em uma das vezes que passava pelo local, Jonatas diz ter encontrado um dos filhotes, mas que ele estava machucado.
"Vim colocar o lixo e foi nessa hora que vi que um filhote foi atravessar a rua voando e bateu no para-brisa de um carro. Quando cheguei perto, vi que ele estava vivo, mas com a asa machucada. Eu o peguei e levei para casa. Lá, ela ficou cerca de 90 dias, se recuperou e até voava dentro de casa. Mas chegou um tempo em que eu tive que deixá-la na natureza, pois ela é um bicho silvestre", conta.
Casal de coruja escolhe canteiro central para construir 'casa' em Porto Velho — Foto: arquivo pessoal
O filhote do casal, segundo o morador, foi colocado em uma área rural. O biólogo Flavio Terassini explica que é habitual das corujas-buraqueiras construir tocas no chão.
"Elas são muito inteligentes. Geralmente o papai e a mamãe coruja cuidam dos filhotes até eles estarem aptos a conseguir voar sozinhos, se alimentar e se defender de predadores", explica.
Sobre o manuseio com animais silvestres, o biólogo alerta para que não seja feito por populares.
"É muito importante que as pessoas não tentem manuseá-las, pois além de bicar, elas podem arranhar, e isso pode machucar bastante. Também é preciso ter cuidados com os cães, que podem correr atrás delas, afugentando-as, ocasionado um acidente como é o caso do atropelamento", conta.
Por G1
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