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Após boato sobre pedra de ouro encontrada na divisa entre RO e MT, milhares de pessoas ocupam o local

Data de Publicação: 31 de maio de 2023 19:49:00 Trabalhadores acreditavam ter descoberto ouro na região e, o boato, se espalhou. Moradores encontraram, na verdade, objetos de antiguidades e o Iphan foi acionado - Foto: Diego DGS

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Um boato levou mais de 200 pessoas a invadirem e cavarem a área de uma obra em Colniza, no interior do Mato Grosso, em busca de ouro. Após metros de escavação, moradores encontraram, na verdade, itens de civilizações antigas no local, que é um sítio arqueológico. A Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) confirma que não há ouro no local. O boato começou no domingo (28), quando trabalhadores faziam uma obra de asfaltamento na região e encontraram algo que acreditaram ser ouro.

A cidade tem 39 mil habitantes e, rapidamente, a informação se espalhou e os moradores passaram a se aglomerar na área para escavar por horas, formando uma cratera. Ao contrário do esperado, os moradores acharam, na verdade, louças antigas. Isso porque, segundo a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística, o local é um sítio arqueológico. O local tem resquícios de civilização antiga, sem qualquer indício de que haja ouro. Os itens achados, inclusive, são de barro. A reportagem acionou a prefeitura para saber se vai ser feita fiscalização na área, mas o prefeito informou que não vai acionar as forças de segurança para conter as escavações. A área possui cerca de 500 metros e, após as escavações, foi isolada pela fiscalização ambiental. A pasta alerta que a escavação no local é proibida.

A Secretaria de Segurança Pública (Sesp-MT) informou por meio de nota que já está atuando, junto ao Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), para a remoção das pessoas, que estão irregularmente no local. Segundo a Sesp, o Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan) já foi acionado e a obra terá continuidade após liberação. Os materiais encontrados vão ser recolhidos pelo Instituto. Uma lei federal proíbe, em todo o território nacional, “o aproveitamento econômico, a destruição ou mutilação, para qualquer fim, das jazidas arqueológicas ou pré-históricas”. Conforme a lei, os materiais devem ser preservados para estudos. “Qualquer ato que importe na destruição ou mutilação dos monumentos será considerado crime contra o Patrimônio Nacional e, como tal, punível de acordo com o disposto nas leis penais”, diz o artigo 5°. A multa para esse tipo de crime varia de R$ 10 a 50 mil.

Por Mariana Mouro, Caroline Mesquita e Kessillen Lopes / g1 MT

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