Data de Publicação: 9 de outubro de 2023 18:45:00 Moradores das zonas Leste e Sul na capital, que dependem de abastecimento por meio de poços tubulares, já enfrentam dificuldades de acesso à água.
A seca que afeta o rio Madeira já deixou cerca de 15 mil ribeirinhos sem água e recentemente começou a afetar também a zona urbana de Porto Velho, segundo informações da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd). Moradores das zonas Leste e Sul na capital, que dependem de abastecimento por meio de poços tubulares, já enfrentam dificuldades de acesso à água. Para complementar o abastecimento, a Caerd informou que caminhões pipas levam água direto das estações de tratamento para essas regiões. Não há previsão de quando o fornecimento deve retornar ao modo regular.
“Nós ainda não temos números, datas específicas para que a gente consiga restabelecer, são fenômenos da natureza, a gente não tava preparado pra isso”, informou o diretor técnico da Caerd, Lauro Fernandes.
De acordo com Lauro, em alguns pontos do estado, mananciais da Companhia perderam praticamente 50% da produção. Com a seca histórica do rio Madeira, fica mais difícil extrair água para o tratamento.
“Porto Velho é abastecido tanto pelo sistema coletivo, que são as estações de tratamento, e pelos poços tubulares profundos. Com a baixa considerável do rio Madeira, os nossos equipamentos estão fazendo um esforço muito maior para poder extrair água e isso está prejudicando todo o sistema. Nós estamos com uma prévia de uma perda de 10% a 15% da água que nós extraímos do rio Madeira”, comentou.
Ribeirinho com galão de água no Médio Madeira, em Porto Velho — Foto: Severino Nobre/Arquivo Pessoal
Moradores das comunidades ribeirinhas, que dependem da água de poços amazônicos, viram sua única fonte de água limpa secar. De acordo com a Caerd, cerca de 15 mil pessoas são afetadas com falta de água nas regiões às margens do Madeira. “Grande parte daquela população [ribeirinha], que tem aproximadamente 15 mil pessoas, fazem uso de poços tubulares profundos ou poços amazônicos e com a baixa do lençol freático, isso vem prejudicando muito a extração de água e consequentemente o uso de água própria para consumo humano”, aponta Lauro Fernandes, diretor técnico da Caerd.
Segundo Severino Nobre, os moradores das comunidades precisam percorrer mais de 30 quilômetros, até a cidade, para comprar água.
Seca histórica do rio Madeira revela paisagem semelhante a deserto em Porto Velho (RO) — Foto: Emily Costa/ G1 RO.
Nas últimas semanas, o rio Madeira atingiu níveis mínimos históricos em consequência da seca de afeta toda a região Norte do país. A imensidão de água deu lugar a bancos de areia gigantes e "montanhas" de pedras no meio do "rio". Imagens feitas pelo g1, mostram como a seca afetou o cenário do Madeira: chão seco com rachaduras e uma paisagem semelhante ao deserto.
Por G1
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