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MST invade terras em todo o país e cobra governo no ‘abril vermelho’

Data de Publicação: 15 de abril de 2024 11:06:00 Em Goiás, propriedade ocupada virou assentamento e ganhou o nome de Dona Lindú, mãe do presidente Lula; áreas da Embrapa e Codevasf também são alvos

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O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiu uma série de propriedades entre domingo e esta segunda-feira (15/4) dando início ao “abril vermelho”, período que o grupo faz essas ocupações em protesto contra as políticas de reforma agrária do governo. Pause Unmute Current Time 0:02 / Duration 0:29 Fullscreen Nesta manhã, integrantes do movimento levantaram acampamento com 400 famílias na propriedade Sítio Novo, em Itaberaí, em Goiás. O MST informou que esse acampamento “foi carinhosamente batizado de Dona Lindú, em homenagem à mãe do presidente Lula”. No domingo, os sem-terra voltaram a invadir, pela terceira vez, uma área da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), em Petrolina, Pernambuco.

A ocupação nessa terra, no ano passado, abriu uma crise entre o movimento e o governo. Houve invasão também numa área da Codevasf (Companhia Nacional dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) no mesmo estado. Um dos coordenadores nacionais do MST, Jaime Amorim afirmou, em vídeo divulgado pelo movimento, que o governo Lula não cumpriu acordo em desapropriar aquela área, que teria compromisso em assentar 1.316 famílias, de acordo com ele. “Foram mais de 17 pontos acertados e nenhum foi cumprido. Então voltamos para a Embrapa. É muita irresponsabilidade como estão tratando a reforma agrária”, afirmou Amorim. Pelo menos duas outras ocupações ocorrem nesta manhã. Cerca de 200 famílias, segundo o MST, ocuparam a Fazenda Mariana, em Campinas (SP). A área de aproximadamente 200 hectares é administrada por uma empresa do setor imobiliário.

“Improdutiva, está tomada por pastagem degradada e há anos não cumpre sua função social”, diz o movimento. Essas invasões fazem parte da Jornada Nacional de Lutas em memória ao Massacre de Eldorado do Carajás, no Pará, onde ocorreu em 17 de abril de 1996 a morte de 21 camponeses. O lema deste ano do movimento é “Ocupar para o Brasil alimentar”. No Planalto Central, ocorre outra ocupação. Cerca mil famílias do Distrito Federal e Entorno ocuparam, na madrugada desta segunda, uma área falida de 8 mil hectares da usina CBB, em Vila Boa de Goiás.

O presidente Lula tem agenda na manhã desta segunda com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e na pauta estão as reivindicações do movimento, como as desapropriações dessas áreas para serem destinadas à reforma agrária. À tarde, o governo anuncia o programa “Terra da gente”, com a oferta de “prateleira” de áreas a serem destinadas aos pequenos agricultores e sem-terra. O presidente Lula tem agenda na manhã desta segunda com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e na pauta estão as reivindicações do movimento, como as desapropriações dessas áreas para serem destinadas à reforma agrária.

Por Correio Braziliense – (crédito: MST/Divulgação)

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