Data de Publicação: 11 de maio de 2024 10:09:00 Defesa Civil informa ainda outros 141 desaparecidos e 756 feridos. Retorno da chuva afeta Vale do Taquari e região de Porto Alegre, além de provocar cheia na Lagoa dos Patos. A previsão para a próxima semana é de que faça frio, inclusive com possibilidade de geada.
O Rio Grande do Sul chegou ao número de 136 mortos em razão dos temporais e cheias que atingem o estado desde o final de abril. No boletim da Defesa Civil divulgado neste sábado (11), o estado ainda contabilizava 141 desaparecidos e 756 feridos.
O estado ainda registra 441,3 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 71,3 mil pessoas em abrigos e 339,9 mil pessoas desalojadas (na casa de parentes ou amigos).
Do total de 497 municípios gaúchos, 444 relataram problemas decorrentes da chuva. A situação afeta 1,95 milhão de pessoas.
Os temporais ainda provocam o bloqueio de 136 trechos de estradas (confira aqui a situação dos serviços). O governo estadual anunciou o bloqueio de trechos de quatro rodovias nas regiões da Serra e do Vale do Taquari por risco de deslizamentos. Nestes pontos, a liberação será feita apenas para veículos de emergência e para o transporte de produtos essenciais:
Voltou a chover em Porto Alegre e outras partes do estado, como no Vale do Taquari, umas das regiões mais afetadas pelos temporais da semana passada. A previsão para a próxima semana é de que faça frio, inclusive com possibilidade de geada.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê volumes acentuados no Rio Grande do Sul durante o fim de semana, com possibilidade de até 140 milímetros no domingo. As regiões mais afetadas devem ser a Norte e o Leste do estado
A Prefeitura de Rio Grande, na Região Sul do RS, disse que a Lagoa dos Patos atingiu 2,37 metros na manhã desta sexta-feira (10). O último boletim apontou que o nível das águas ficaram 1,42 metro acima do normal, com resistência em baixar por conta de um vento leste, de 26km/h.
Rua alagada em Rio Grande por causa do aumento do nível da Lagoa dos Patos — Foto: RBS TV/Reprodução
O nível do Guaíba, em Porto Alegre, baixou mais nas últimas horas: desceu para 4,60 metros conforme medição feita na manhã deste sábado (11) pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) no Cais Mauá. Foi uma redução de 30 centímetros em 24 horas (veja o gráfico abaixo). A marca fica abaixo daquela registrada na enchente história de 1941, de 4,76 metros.Cientistas do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS alertam para a possibilidade de elevação do nível do Guaíba após as chuvas deste fim de semana no Rio Grande do Sul. Os pesquisadores afirmam que há "possibilidade de repique por efeito das chuvas previstas a partir de final de semana podendo retornar a marca dos 5 metros". O cenário pode ser prejudicado caso o vento que sopra do sul se confirme, elevando o lago em cerca de 20 centímetros.
O governo do Rio Grande do Sul anunciou, nesta sexta-feira (10), um reforço de segurança nos abrigos que acolhem pessoas que saíram de casa em razão dos temporais e cheias que já deixaram 116 mortos no estado. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirma que 11 pessoas foram presas por crimes praticados dentro de abrigos.
O secretário da Segurança, Sandro Caron, afirmou que o foco das autoridades é tanto o combate a saques nas ruas quanto a atuação nos locais de acolhimento. A Brigada Militar e a Polícia Civil receberam ordens de "prender todos aqueles que praticarem crimes nos abrigos".
"Ao todo, desde o início da operação, nós prendemos 54 pessoas, sendo que 11 dessas prisões foram referentes a crimes praticados em abrigos, inclusive, em relação a crimes sexuais noticiados, todos os autores foram presos", disse Caron.
A Polícia Civil afirma que está fazendo rondas nos maiores abrigos durante 24 horas, e que as menores estruturas são monitoradas em ações pontuais. O governador Eduardo Leite (PSDB) destacou que o estado vai auxiliar as prefeituras nos abrigos.
"Já determinei também a entrada em campo fortemente do governo do estado na organização de abrigos específicos nas cidades que estão mais pressionadas", falou Leite.
O governo anunciou a convocação de 1 mil policiais militares aposentados para reforçar a segurança em abrigos. Esses agentes não podem ser destacados para o policiamento nas ruas.
O governador Eduardo Leite anunciou em entrevista coletiva, nesta sexta-feira (10), mais de R$ 50 milhões destinados para a área da saúde no estado.
O governo destinará R$ 41,6 milhões para recursos de reestruturação e apoio para hospitais que estão realizando atendimento de retaguarda às vítimas dos desastres.
A rota emergencial é destinada a caminhões, ambulâncias e demais transportes de resgaste e abastecimento de alimentos e insumos. Os veículos, portanto, podem dar andamento ao transporte de suprimentos, além de aumentar a rapidez em eventuais ações de resgate, às localidade atingidas.
O trecho fica em São Leopoldo, a 33 km de Porto Alegre. Na Capital, a prefeitura demoliu uma passarela de pedestres para a construção de um "corredor humanitário" para a passagem de veículos no Centro Histórico.
Além disso, Leite anunciou R$ 10 milhões para a saúde mental com repasse extraordinário para a contratação de novas equipes multiprofissionais de saúde mental na atenção primária.
Equipes de resgate atuam do lado de fora de hospital inundado em Porto Alegre em 08/05/2024 — Foto: REUTERS/Diego Vara
O governo reorganizou o site de prestação de assistência e serviços à população, sosenchentes.rs.gov.br. A plataforma contempla os locais que recebem os donativos, os bloqueios das rodovias, rotas alternativas de municípios, a situação da energia elétrica, entre demais serviços.
Ainda na entrevista coletiva desta sexta-feira, o governador anunciou a antecipação do 13º salário para servidores públicos estaduais para pagamento até 15 de junho.
Enchentes no RS — Foto: Anselmo Cunha/AFP
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) liberou o tráfego de veículos de emergência sobre a ponte do Rio dos Sinos, em São Leopoldo, e conectou rotas da Região Metropolitana de Porto Alegre ao interior do Rio Grande do Sul pela BR-116. O trajeto é considerado essencial para atender as demandas de veículos de emergência aos locais afetados pelas enchentes.
A prefeitura de Porto Alegre prevê para este final de semana o término da construção de uma travessia provisória que vai funcionar como "corredor humanitário" para a chegada de caminhões, veículos de emergência e donativos para atingidos por enchentes na Capital.
Ela vai ficar entre a Avenida Castelo Branco e o Túnel da Conceição, na Região Central da cidade, próximo à Estação Rodoviária, que está alagada.
Fonte G1
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Envie seu comentário preenchendo os campos abaixo
Nome
|
E-mail
|
Localização
|
|
Comentário
|
|