Data de Publicação: 15 de fevereiro de 2025 13:45:00 Fuga expõe falhas de segurança em unidade prisional com histórico de mais de 30 fugas em 2022, segundo dados da Sejus
Segundo informações exclusivas repassadas por policiais penais, por volta de 01 da manhã deste sábado (15), nove presos conseguiram serrar as grades da cela para fugir do presídio de Ariquemes.
Desse total, três já estavam fora da cela para “ganhar as ruas”: Erivan Andrade dos Santos, Carlos Josué Ramirez Garcia e Wesley Azevedo da Silva. Todos extremamente perigosos, de acordo com os policiais penais que estavam de serviço naquela unidade prisional.
Os relatos dos servidores públicos apontam que os criminosos serraram as grades da cela e da “gaiola” e fugiram. “Conseguimos detê-los nos alambrados com muitos disparos. Nove presos conseguiram serrar as grades e a ‘gaiola’, uma aberração construída pela Sejus [Secretaria Estadual de Justiça], sendo que três presos já estavam para pular o alambrado e ganhar as ruas”, desabafou um deles.
Os policiais penais ainda apontam que o presídio de Ariquemes construído com verbas federais altíssimas deve ser “campeão nacional de fugas”.
Dados atualizados até o final de 2022 registram cerca de 30 episódios de fugas concluídas com sucesso só naquele presídio, com mais de 120 presos que ganharam as ruas e voltaram a cometer crimes. Os números são da própria Sejus, órgão responsável pela gestão dos presídios estaduais.
Até o momento, não há informações oficiais sobre os fatos nem foram divulgados os nomes, fotos, nem as fichas criminais e vínculo com facções daqueles que tentaram fugir. A Sejus tem normas rígidas para a divulgação desses dados, que é chamada de Lei da Mordaça pelos próprios policiais penais.
Insegurança em Rondônia
Não é só a população de Ariquemes que vive com medo. Na capital, na região próxima da chamada Estrada da Penal, que concentra todos os presídios de Porto Velho, condomínios de luxo (onde moram juízes, promotores e desembargadores) ficam vulneráveis à ação de criminosos que fogem constantemente das unidades da Sejus.
Por Felipe Corona
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