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Polícia investiga se há facilitação em fugas de presos no presídio de Ariquemes

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Em Ariquemes, RO | A Polícia Civil de Ariquemes (RO), no Vale do Jamari, informou nesta segunda-feira (25) que investigará as circunstâncias e se há facilitação nas constantes fugas no Centro de Ressocialização do município. A unidade prisional foi inaugurada no final de julho e já registrou três fugas, sendo duas delas em massa. A Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) confirmou que, na tarde do último domingo (24), 15 detentos fugiram após romperem as grades de duas celas.

A Polícia Militar (PM) divulgou que um dos fugitivos, de 39 anos, foi recapturado na noite de domingo, na BR-364, após uma denúncia anônima.

Conforme a Polícia Civil, os apenados que estavam nas celas 18 e 19 fugiram após romper algumas barras de proteção e ainda não se sabem os danos causados no interior da unidade, mas que a perícia foi realizada durante a manhã e deverá apontar como foi a dinâmica da fuga.

O delegado regional Rodrigo Duarte, informou que oito presos que estavam nas celas não conseguiram fugir devido à uma ação realizada pelos agentes penitenciários.

“O que dá para dizer relacionado à fuga é que os presos três da cela 18 e cinco da cela 19 não conseguiram fugir. que o núcleo de inteligência da Polícia Civil apurou que não houve a fuga, não porque o preso se recusou a fugir, e isso reflete direto na questão da execução penal, mas porque houve uma ação rápida dos agentes plantonistas que impediram que a fuga continuasse, então foram por essas circunstâncias de que todos os presos não conseguiram consumar a fuga”, comenta.

De acordo com Rodrigo Duarte, uma investigação será instaurada para apurar se existe a facilitação dos agentes penitenciários para a ocorrência das fugas na unidade prisional.

“O inquérito policial vai ser instaurado para apurar eventual facilitação. Nós precisamos saber se há a facilitação e motivada pelo o que, se há algum agente que foi corrompido. O prazo para a conclusão da investigação é de 30 dias, entretanto por se tratar de uma investigação complexa, é bem possível que nós não consigamos concluir no prazo de 30 dias e ela deverá ser prorrogada, mas a gente espera o quanto antes, concluir esta investigação”, revela o delegado.

Para a Polícia Civil, o órgão já está por dentro do que está ocorrendo na unidade prisional, mas o que se espera com a prisão de algum infrator, ainda mais quando se decorre de uma investigação e representação da prisão é de que a situação do indivíduo esteja encerrada e que ele seja punido de forma exemplar.

“Nós estamos por dentro das causas sobre o que está acontecendo e lá é um presídio que de fato deveria ser mais seguro, pois as instalações são melhores, não há sinal para telefone celular e não pega sinal de internet. Mas existe uma razão por trás de tudo isso e medidas estão sendo adotas no âmbito policial e também no administrativo, já passou da hora de serem adotas providências em relação a isto”, declara o delegado Rodrigo Duarte.

Centro de Ressocialização
O novo presídio custou R$ 10 milhões e a obra durou sete anos para ser finalizada. A unidade prisional está localizada na zona rural de Ariquemes e foi inaugurada no dia 27 de julho.

Três fugas já foram registradas na unidade prisional. A primeira ocorreu no dia 4 de agosto, quando 11 presos das celas B23 e B24 serraram as grades e escaparam da unidade.

A segunda fuga foi registrada no dia 17 de agosto e dois detentos fugiram da unidade enquanto alguns agentes penitenciários realizavam a conferência das celas.

Superlotação
Em agosto, o Ministério Público de Rondônia (MP-RO) ingressou uma denúncia afirmando que a unidade prisional já estava com superlotação.

Segundo os servidores do presídio, a unidade devia ter apenas 230 apenados, mas atualmente mais de 400 presos estavam no local, inclusive ocupando a enfermaria.

Revista do Exército
Cerca de 400 homens das Forças Armadas e órgãos de segurança pública estadual realizaram a Operação “Ajuricaba” e revistaram o Centro de Ressocialização e a Casa de Detenção do município no dia 10 de agosto para verificar e extinguir a existência de armas, celulares e drogas dentro dos presídios da cidade.

O exército divulgou que durante a ação foram apreendidos aparelhos celulares, carregadores, chips de celular, drogas, isqueiros, 26 objetos cortantes, incluindo serras para cortar ferro, e 999 hastes de ferro que poderiam ser usadas como armas em um possível conflito entre presos.

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