São Miguel: Bezerra nasce com duas cabeças e rabo bipartido

Um parto incomum surpreendeu o pecuarista e Médico Veterinário Lucas Thaler, proprietário da Fazenda Vale Verde, localizada na Linha 74 Sul, Km 3, nesta semana. Uma bezerra da raça Girolanda nasceu com duas cabeças e um rabo bipartido, após um parto distócico (complicado) que exigiu intervenção humana. 

Lucas Thaler descreveu à reportagem os detalhes do ocorrido: "Inicialmente, achamos que era um parto posterior longitudinal comum, mas, ao palpar, percebi dois rabos unidos. Com ajuda de dois funcionários, puxamos cuidadosamente o feto e nos deparamos com a surpresa: duas cabeças e um rabo bifurcado". A bezerra, já sem vida ao nascer, apresentava o corpo aparentemente normal, exceto pelas anomalias cranianas e caudais. 
Thaler, que atua na produção de gado de leite e corte, destacou a importância do manejo cauteloso: "Priorizamos a saúde da vaca, avaliando cada movimento para evitar lesões. Foi um desafio, mas conseguimos finalizar o parto sem complicações para a mãe".

A distocia, comum em bovinos, ocorre quando há dificuldade no parto devido a fatores como posição fetal inadequada, tamanho excessivo do feto ou anomalias congênitas. No caso relatado, a posição posterior longitudinal (membros posteriores esticados) já exige atenção, mas a presença de gêmeos unidos ou malformações agrava o cenário.

A duplicação craniana (bicefalia) e o rabo bipartido são resultados de falhas na divisão celular durante a gestação, possivelmente associadas a fatores genéticos, ambientais ou nutricionais. Embora raras, essas condições já foram documentadas em bovinos, muitas vezes ligadas à consanguinidade ou exposição a toxinas.

Embora incomum, nascimentos de bezerros com duas cabeças já foram registrados globalmente. Em 2020, um caso semelhante ocorreu no Mato Grosso, atribuído a mutações genéticas. No entanto, a combinação de bicefalia e rabo bipartido torna o ocorrido em São Miguel do Guaporé ainda mais singular.

Para saber mais: Casos de malformações em bovinos são estudados por instituições como a Embrapa, que orienta produtores sobre manejo reprodutivo e prevenção de riscos. 

Fonte SMG.PORTAL CIDADE