Ontem, o rio Madeira registrou 5,5 metros, nível muito baixo. O Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Madeira (SAH Rio Madeira) já emitiu o 1º Informe de Monitoramento de Estiagem para esse ano em Porto Velho.
Com seca, os barcos localizados próximo ao porto do Cai N´água, já enfrentam dificuldade, conforme constatou o ontem a equipe do Diário. Na manhã de ontem, uma máquina trabalhava para facilitar o acesso de passageiros aos barcos que fazem o transporte de alimentos pelo rio.
“Nessa época do ano fica difícil navegar devido a grande quantidade de banco de areia que surge no leito do rio e atenção precisa ser redobrada”, disse Raimundo Oliveira, que já acumula experiência com a navegação.
A seca no Madeira trouxe no ano passado problemas para a navegação e o transporte fluvial de cargas com destino ao Amazonas foi o mais prejudicado. Em agosto daquele ano foi período considerado mais critico da estiagem amazônica, a navegação noturna foi interrompida por ordem da Marinha do Brasil.
Alguns estados da região Norte, como o Amazonas que depende do rio Madeira para ter acesso a produtos perecíveis, por conta do assoreamento correu um sério risco de desabastecimento, e para evitar um dano maior no futuro o Governo Federal assinou um convênio que prevê a dragagem de 1.086 km de extensão no leito do rio, indo de Porto Velho até o município amazonense de Itacoatiara, trecho considerado o mais critico para a navegação.
O Madeira que corta todo o Estado de Rondônia é um dos principais rios utilizados no transporte de carga da Amazônia, é o caminho mais próximo para a escoação de produtos, os grãos que saem de alguns estados do Centro-Oeste passam por aqui, carne bovina de Rondônia exportada para países europeus, latinos e asiáticos, também deixa a região pela hidrovia.
Fonte:Diário da Amazônia