Memorando do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), órgão do Ministério da Justiça, revela que o PCC havia determinado a morte de oito servidores do sistema penitenciário federal até última sexta-feira (30).
Seriam dois assassinatos para cada penitenciária federal: Porto Velho (RO), Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Catanduvas (PR). De acordo com as investigações, a situação que se encontram os agentes penitenciários federais que atuam nas quatro unidades do país mostra que pelo menos três servidores já foram assassinados.
O agente Alex Belarmino Almeida Santos, 36, passava por um quebra-molas de uma rua de Cascavel (PR), quando um homem armado se aproximou dele e disparou vários tiros. Ele foi atingido 18 vezes. Após o assassinato de Alex Belarmino, outro dois servidores foram mortos em ações do PCC: Em 12 de abril, o agente Henry Charles Gama Filho foi morto a tiros em um bar em Mossoró (RN), cidade onde se localiza um presídio federal. Em 25 de maio, Melissa Almeida, psicóloga do presídio federal de Catanduvas (PR), foi morta com dois tiros de fuzil na cabeça em frente a seu condomínio residencial, em Cascavel (PR).
“O crime foi cometido em razão da função pública que ela [Melissa] exercia”, disse o delegado federal Marco Smith ao site CGN. Ele comanda a investigação sobre o caso.
Este último assassinato elevou o nível de alerta para todos os presídios federais. A reportagem de Flávio Costa apurou que os agentes receberam a recomendação de redobrar os cuidados de segurança quando estiverem fora de serviço.
A investigação da Polícia Federal já concluiu que Alex Belarmino foi morto por membros do PCC. Pelo menos sete pessoas respondem a uma ação penal que tramita na 4ª Vara Federal de Catanduvas (PR).
Investigações sobre as outras duas mortes apontam para ação da organização criminosa e revela que a morte de Melissa Almeida foi cuidadosamente planejada, com direito a monitoramento, emboscada e tiros no rosto. Ela não andava armada, era mãe de um bebê de apenas 10 meses e os presos a respeitavam. De acordo com a polícia, o objetivo é desestabilizar e intimidar o Estado.
Fonte:Diário da Amazônia