O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), vai discutir a suspensão do salário e verbas parlamentares da deputada Carla Zambelli (PL-SP) com o colégio de líderes da Casa.
Na quarta-feira (4), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), notificou a Câmara sobre as providências para suspender a remuneração e qualquer repasse de verba à parlamentar.
Hugo ainda não se manifestou sobre a situação de Zambelli. A notificação será avaliada pelo departamento jurídico da Câmara. O tema será abordado com o comando das bancadas da Câmara, tanto governistas quanto de oposição.
Cabe à presidência da Casa adotar as providências administrativas relacionadas à suspensão dos pagamentos. Internamente, também há pedidos de perda de mandato por quebra de decoro parlamentar antes da conclusão do julgamento no STF.
Em maio, Zambelli foi condenada a mais de 10 anos de prisão por invadir, com auxílio de um hacker, o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A defesa dela apresentou um recurso ao STF, que deve ser analisado pela Primeira Turma do STF nesta sexta-feira (6).
Nesta semana, ao tomar conhecimento de que a parlamentar havia deixado o Brasil, a Procuradoria Geral da República (PGR) pediu a prisão de Zambelli. Na quarta, Moraes decretou a prisão preventiva da parlamentar.
Para deixar o Brasil, Zambelli contou que passou pela fronteira com a Argentina, em Foz do Iguaçu, e chegou, de carro, até Buenos Aires. Depois disso, ela partiu para os Estados Unidos.
Segundo a própria deputada, o objetivo final é chegar na Itália, onde ela acredita ser “intocável” porque possui cidadania italiana. Há, no entanto, histórico de extradição de foragidos da justiça brasileira na Itália. Por este motivo, como a CNN mostrou, ela cogita pedir asilo ao governo dos EUA.
Fonte CNN/ FOTO Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados
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